Lançamento da campanha contra o fundamentalismo religioso e ações antidemocráticas na política brasileira


O atual contexto político-eleitoral tem insuflado vertentes com tendências fundamentalistas do cristianismo. Presidenciáveis disputam a atenção e mobilizam potenciais eleitores. Reforçando dualismos como o do bem contra o mal, moldam seus discursos para comunicar-se com pessoas evangélicas e/ou católicas romanas.

Há, ainda, as candidaturas que decidiram por reforçar o racismo religioso contra tradições de matriz africana, mobilizando antigos imaginários de que as religiões de matriz africana representam o mal e tornam impuros os espaços da política representativa.

Ao contrário do que ocorre hoje, campanhas eleitorais devem viabilizar espaços de diálogo e debates sobre o Brasil que temos e o Brasil que queremos. Deveriam aprofundar as questões estruturais que precisam ser transformadas, para que nossa democracia de 37 anos se consolide, garantindo maior participação e representação, diminuindo privilégios, superando o racismo e garantindo a liberdade religiosa a todas as pessoas, sem exceções.

No Brasil, a tradição cristã, historicamente, consolidou uma hegemonia numérica, política e econômica. É por isso que no centro das disputas estão as comunidades dessa vertente. As campanhas, discursos, gestos e posturas de candidatos e candidatas tendem a aprofundar velhos e infundados medos e preconceitos, impulsionando ódios e atitudes violentas como estratégia de mobilização política.

Considerando o histórico de altos índices de violência da sociedade brasileira, cujos civis em 2022 dispõem de ainda mais facilidades para a aquisição de armas de fogo ou mesmo já as possuem, o atual momento político eleitoral torna-se tenso e propenso a atos violentos. A associação de símbolos cristãos com a cultura armamentista pode se desdobrar em crimes, como o ocorrido, recentemente, em Foz do Iguaçu.

Campanha

A campanha #SouEvangelico e Acredito na Democracia tem como objetivo ser um contraponto aos discursos e frentes fundamentalistas e antidemocráticas, mediante o diálogo com o público evangélico, afirmando as afinidades entre fé cristã e democracia.

Na campanha, pessoas cristãs foram convidadas a reafirmar a segurança das urnas eletrônicas; o respeito ao resultado das eleições; a importância de votar em grupos sub-representados para que as instituições políticas reflitam melhor a composição da sociedade brasileira; e que a Igreja não seja espaço para campanha político-eleitoral.

Lançamento e coletiva de imprensa

O lançamento da campanha, no dia 12 de setembro, às 20h (BRT), é uma parceria entre o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil e a revista Zelota. A coletiva on-line terá como participantes a reverenda Ana Ester, o reverendo Bob Luiz Botelho, o pastor Eliel Batista, o cantor Leonardo Gonçalves, a líder jovem Luliane Santos e a pastora Odja Barros.

Realização

Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil
Revista Zelota

Transmissão

A transmissão será feita pelo Facebook do CONIC e, também, no Facebook da Revista Zelota.

Informações

Jonathan Monteiro | +55 21 94430 9036 | [email protected]
Editor – Revista Zelota

Assessoria CONIC | [email protected]
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil