A Imagem de Deus
A criação da humanidade e a função atribuída aos gêneros em Gênesis 1.26–28 expressam uma crítica subversiva ao direito de autoridade monárquica no Antigo Oriente Médio, invalidando qualquer leitura hierárquica e complementarista do texto
A ontologia da desigualdade
Para evitar acusações de heresia ou misoginia, o complementarismo afirma a diferença entre valor e função a partir de um fundamento filosófico platônico estranho às Escrituras
Divinizando relações desiguais
A submissão das mulheres em Agostinho e no complementarismo faz parte de uma ideologia que diviniza uma ordem social tipicamente imperial, em que os homens se mantêm em posições de autoridade e privilégio
Quem deita na cama com quem?
A discussão sobre a homossexualidade em Levítico 18.22 e 20.13, para além das interpretações simplistas, deve levar em consideração aspectos linguísticos, culturais e sociais para evitar apropriações apressadas e homofóbicas do texto bíblico
Mateus 19 e a Nova Humanidade do Reino de Deus
A fala de Jesus em Mateus 19 sobre os eunucos diz respeito à acessibilidade do Reino de Deus, em que o abandono dos padrões da masculinidade anunciava uma nova humanidade
Jesus e os discípulos eunucos
A fala de Jesus sobre os eunucos não recomenda o celibato a homossexuais, e sim o abandono de privilégios masculinos por todos os seus discípulos, conforme era estipulado pelos padrões sociais de sua época
Eunucos antigos, celibatários modernos?
O contexto histórico de Mateus 19 a respeito dos eunucos não possui relação com a prática homossexual, essa interpretação é historicamente ignorante e textualmente insensível