A conferência do Generation of Youth for Christ no Brasil ocorreu no início de agosto, reuniu influenciadores e lideranças adventistas e demonstrou a expressão dos ministérios independentes na Igreja Adventista


Adolfo Suárez prega em plenária do GYC Brasil de 2024 (Foto: Felipe Carmo)

De 1 a 4 de agosto, o Generation of Youth for Christ (GYC) Brasil realizou sua quarta conferência anual no Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), campus Engenheiro Coelho. O título do encontro foi “Cristo, Nossa Justiça”, baseado em Romanos 1.16-17.

Além de plenárias e palestras, o evento incluiu cultos, escola sabatina, reuniões de oração e um espaço de exposições com vários estandes. Embora não fizesse parte originalmente do programa, muitos participantes se reuniram todos os dias às 5h30 para um culto ao nascer do sol. O evento também incluiu visitas opcionais ao Centro de Pesquisas Ellen G. White e ao Museu de Arqueologia Bíblica (MAB), com custos separados.

Grupo de palestrantes se apresenta ao público. Foto: Felipe Carmo.

Aumento de custos e pedidos de reembolso

As inscrições foram abertas em 12 de maio no valor de R$230 por pessoa — um aumento de cerca de 54% em relação aos anos anteriores —, com refeições e acomodação disponíveis por taxas adicionais. O GYC Brasil justificou o aumento de preço mencionando a ampliação da programação e publicando uma lista de despesas, incluindo palestrantes convidados, aluguel de instalações, logística, voluntários, uma equipe de filmagem, tradutores, decorações e marketing.

Os custos foram relativamente altos para os adventistas brasileiros, como indicado pelas reclamações e cancelamentos compartilhados na página do Instagram do GYC Brasil. Dados demográficos sobre os adventistas brasileiros do Censo de 2010 revelam que muitos estão na faixa de baixa renda, com educação básica incompleta (55,7%), uma taxa de desemprego de 8,4%, analfabetismo em 8,2% e 16,2% vivendo na pobreza.1

Dois dias após a abertura das inscrições, mais de 140 pessoas já haviam se inscrito; uma semana depois, esse número ultrapassava 250. As inscrições foram encerradas no dia anterior ao evento, com uma capacidade máxima de mais de 800 inscritos. O programa também foi transmitido on-line pelo canal oficial do GYC Brasil no YouTube.

Uma semana antes do evento, alguns inscritos já haviam solicitado reembolsos por e-mail. Em uma declaração pública em 24 de julho, a organização informou que não aceitaria mais pedidos de cancelamento e sugeriu que aqueles que não pudessem comparecer enviassem um amigo em seu lugar. O processo de inscrição não incluía originalmente informações sobre prazos para cancelamento.

Diferente deste ano, os organizadores venderam ingressos para dias específicos: R$60 para o sábado e R$115 apenas para sábado e domingo. Grupos selecionados — alunos de ensino a distância do UNASP, funcionários da igreja e seus familiares, e estudantes de teologia de seminários adventistas — receberam descontos de 50% possibilitados por doações de um doador não especificado.

As acomodações oficiais do evento foram os quartos dos dormitórios do UNASP na ausência dos estudantes residentes. Os organizadores sugeriram opções de alimentação próximas ao campus, garantiram hospedagem adicional com famílias nas proximidades e sugeriram hotéis e áreas de camping.

As datas do evento não incluíam feriados nacionais e foram marcadas para o final das férias escolares; por isso, os dois dias antes do fim de semana da conferência eram dias úteis. Ainda assim, o evento atraiu participantes de todas as idades. O estilo de adoração e a vestimenta dos participantes indicavam a preferência por uma expressão modesta e discreta do adventismo. Um dos membros da equipe voluntária do evento descreveu da seguinte forma:  “as mulheres vestem saia abaixo do joelho, não usam decotes, não mostram os ombros, e só cantam música do hinário.”

Notavelmente, os participantes pareciam não passar muito tempo em seus smartphones, usando-os apenas ocasionalmente para registrar o programa. Eles foram encorajados a fazer anotações à mão e foram expressamente proibidos de usar dispositivos para tirar fotos ou vídeos de missionários da Janela 10/40, cujas identidades foram mantidas em segredo até o último momento para sua proteção.

Vídeo compartilhado durante o congresso. Foto: Felipe Carmo

A justiça de Cristo e o perfeccionismo moral

O presidente do GYC Brasil, Marlon Ávila, destacou que a programação se expandiu este ano e incluiu pastores, influenciadores, líderes de ministérios independentes e administradores da igreja. Dois “convidados anônimos”, missionários da Janela 10/40, completaram a lista.

O evento enfatizou a santificação e a necessidade de uma vida justa em antecipação ao iminente retorno de Cristo. As apresentações abordaram temas como modéstia cristã, vida saudável, educação, homossexualidade e história adventista. Embora o título sugerisse o princípio central do protestantismo — a justificação pela fé em Cristo — as apresentações tendiam ao perfeccionismo moral.

Adolfo Suárez, diretor do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia (SALT), Ruben Fernandes, palestrante do ministério independente português Fé & Evidências, e o naturopata e coach de estilo de vida Diogo Basualdo foram as principais atrações do evento e falaram diariamente.

A canção tema, “Completo quer ser”, forneceu a base teológica: embora a salvação não possa ser alcançada por obras, o povo de Deus pode ser “purificado” ou “completado” com a assistência de Jesus. Como diz a letra, “fazendo sua vontade, sua justiça eu terei”. O evento apresentou uma série de três vídeos intitulada “Revendo Minneapolis (1888)”, encorajando os participantes a abandonar as tendências legalistas manifestadas na Assembleia Geral de 1888 e a reviver a consagração de Minneapolis para apressar a parousia.

Ruben Fernandes ofereceu a perspectiva teológica aludindo ao serviço do santuário como modelo de salvação. Ele argumentou que o sacrifício de Cristo resolve o problema dos pecados anteriores, permitindo uma vida santificada por meio de bons hábitos. Estes hábitos, disse ele, podem ser alcançados por meio do “trabalho que Deus faz em mim”, realizado no estudo da Bíblia, na vida de oração, pregação do evangelho e evitando as influências satânicas da cultura em filmes, programas de TV, música, jogos, e assim por diante.

Outros palestrantes ofereceram temas semelhantes. Diogo Basualdo afirmou: “Cristo é a nossa justiça, e podemos ser justificados.” Ele enfatizou uma vida moral centrada no método de Cristo: agir com amor para alcançar a verdadeira felicidade.

Adolfo Suárez lamentou ser “cada vez mais difícil distinguir entre adventistas e não adventistas, seja pelo discurso ou pelas roupas”. Ele descreveu o estilo de vida dos “selados por Deus” tipificado por João Batista. Para Suárez, o cristão selado é consagrado a Deus, piedoso e moralmente correto, subjuga suas paixões carnais, vive com disciplina, temperança, e se veste modestamente.

Plenária com Adolfo Suárez. Foto: Felipe Carmo

GYC Brasil e a Teologia da Última Geração

Embora o GYC seja conhecido por disseminar a “Teologia da Última Geração” — a crença de que a última geração do remanescente antes da volta de Cristo será moralmente perfeita —, o ensinamento foi atenuado durante o evento no Brasil. Os palestrantes reforçaram a piedade religiosa adventista como um requisito para santificar o povo de Deus e evangelizar o mundo — usando palavras como “separação” e “selamento” — sem referência aos temas da Última Geração, como a necessidade de se manter sem um intercessor nos últimos dias da Terra.

Metodologicamente, os palestrantes do GYC Brasil compartilham forte dependência dos textos-prova, seja da Bíblia ou dos escritos de Ellen G. White, uma característica dos proponentes da Última Geração.2 Ideologicamente, ele se alinha a uma rede de ministérios independentes voltados à Última Geração, como a Escola dos Profetas, liderada por Leandro e Maíza Ribeiro; o ministério Terceiro Anjo, fundado por Sérgio Oliveira; e o Congresso de Voluntários Missionários (MV), liderado por Daniel Silveira.

Uma fonte de Portugual, que preferiu não se identificar, sugeriu que Ruben Fernandes é indiscutivelmente “um defensor da Última Geração, porque prega que esta última geração deixará de pecar ao aguardar por Jesus”. Fernandes é promovido em redes sociais adventistas de extrema direita, junto com Paulo Cordeiro, um pastor português que esteve suspenso do ministério, e Daniel Spencer, que é pastor na Associação Kentucky-Tennessee, conhecido por sua pregação de Última Geração para os ministérios Terceiro Anjo e MV no Brasil. Atualmente, Ruben Fernandes está financiando e gravando uma série de documentários sobre O Grande Conflito para a filial portuguesa da Novo Tempo, com Jefferson Araújo, um influenciador de extrema direita, palestrante e conselheiro do GYC Brasil.

Daniel Costa, citado no evento como “obreiro do GYC”, afirmou em seu testemunho evangelístico que foi uma das pessoas responsáveis pela fundação da filial brasileira do GYC em 2019. Ele mencionou três escolas de missão independentes que frequentou: o LifeStyle Center, na Serra do Cipó, Minas Gerais; a Escola Evangelística Arautos da Cruz, na Associação Paulista Oeste (APO); e a Escola dos Profetas, em Sairé, Pernambuco. Durante a abertura do evento, a organização pediu desculpas pela ausência de Costa devido a problemas de saúde. Ele chegou mais tarde durante a conferência e já havia servido como palestrante em edições anteriores do GYC Brasil.

Estande do Amazing Facts Brasil. Foto: Felipe Carmo

Alianças e governanças

O GYC Brasil não está formalmente registrado como empresa ou ONG no país. A empresa que recebeu doações e taxas de inscrição para a conferência, a “Associação Centro de Treinamento Internacional Madison”, fundada em 2019, tem como principal associado o conselheiro da diretoria do GYC Brasil, Uriel Vidal, de acordo com o banco de dados da Receita Federal. As informações de contato do presidente Marlon Ávila também constam no registro da empresa. Vidal tem sermões disponíveis no canal do YouTube Terceiro Anjo, cujo site é semelhante ao Amazing Facts, com sermões de Doug Batchelor, Walter Veith e Dennis Priebe. Vidal também está ligado à empresa “Editora Pioneiros”, fundada em 2014. Mas as informações de contato fornecidas para a Editora Pioneiros, em 2022, e para o ministério Terceiro Anjo (sob o nome “ASDEIH Brasil — Assistência Social de Desenvolvimento e Integração Humanitária”) apontam para a mesma pessoa: o contador, empresário e ex-militar, Izaías Modesto Garcia. O endereço de ambas as organizações, bem como da empresa de contabilidade de Garcia, é o condomínio Residencial Lagoa Bonita, em Engenheiro Coelho, próximo ao campus do UNASP que sediou a conferência. Os condomínios nesta área atraem muitos obreiros jubilados, bem como aqueles que atualmente trabalham nas proximidades.

A IASD brasileira tem sido cautelosa em relação aos ministérios independentes, temendo que alguns projetos compitam com a instituição ou a difamem. Em 2011, a Divisão Sul-Americana (DSA) se manifestou publicamente sobre o relacionamento da igreja com tais ministérios no documento “Unidade de Doutrina e Missão” (adotado pela votação de 2010-117), publicado na edição de 2011 da Revista do Ancião.3 O documento rejeitou iniciativas contraproducentes e aprovou outros parceiros paraeclesiásticos.

Essa tensão entre o aparato denominacional e os ministérios independentes de “apoio” foi evidente na relação entre o UNASP e o GYC Brasil: Marlon Ávila disse que sediar a conferência no UNASP era a realização de um sonho e mencionou os frequentes obstáculos durante as negociações. Ele agradeceu publicamente à diretoria do UNASP pela oportunidade. No entanto, o campus foi cedido ao GYC Brasil porque a diretoria da escola não tinha conhecimento prévio da natureza do evento.

De acordo com fontes do UNASP que pediram anonimato para falar sobre o assunto, a diretoria do UNASP só concordou em sediar a conferência devido à suposição de uma relação entre o GYC e a DSA. O UNASP estava relutante em sediar o GYC Brasil, e nenhuma menção ao evento pôde ser encontrada nas páginas de mídia social da instituição.

O único líder da DSA a participar do GYC Brasil foi o diretor do SALT, Adolfo Suárez.

Estande da Academia de Desenvolvimento Integrativo. Foto: Felipe Carmo

Aliados ou alienados?

A análise de vínculos e associações demonstra que o GYC Brasil atende a um nicho adventista específico, para além do público jovem. Na prática, ele é um agregador de ministérios independentes paraeclesiásticos. Isso ficou claro na área dos estandes do evento, onde cerca de 20 organizações ofereceram produtos e exibiram banners sobre duas ou três mesas cada. A maioria promovia escolas missionárias, produtos naturais, empreendimentos editoriais e estabelecimentos educacionais.

Seus materiais impressos mencionavam frequentemente o Lay Institute for Global Health Training (LIGHT), parte da organização Adventist-laymen’s Services & Industries (ASI), de orientação conservadora e conduzida por leigos, com mais de 50 escolas afiliadas em todo o mundo. O LIGHT possui três escolas brasileiras: LifeStyle Center Serra do Cipó; Fazenda L’Esperance Brazil; e Live: Espaço Educacional de Saúde, de Jacareí, São Paulo, a região onde está sediada a Novo Tempo.

A constelação de ministérios independentes, muitos deles expostos no GYC Brasil, afirma apoiar a missão da IASD. Mas, como Malcolm Bull e Keith Lockhart4 demonstraram, eles representam uma “crítica implícita” à denominação. Para esses movimentos, as escolas e hospitais adventistas oficiais não aplicam totalmente ou corretamente as orientações de Ellen G. White, estando alinhados, em vez disso, às exigências dos governos seculares, abordagens científicas e viabilidade de mercado. O oposto, dizem eles, é verdadeiro para os ministérios independentes: eles buscam concretizar os “ideais adventistas” fora da estrutura da igreja, oferecendo um sistema alternativo às instituições oficiais.

Os ministérios independentes têm uma longa história que corre paralela à própria igreja, bem como uma filosofia de autossuficiência desenvolvida a partir dos ideais reformistas de Ellen G. White — uma perspectiva que nunca encontrou sua realização dentro da estrutura oficial da igreja. Essas entidades autônomas no adventismo nunca se dissociaram completamente da denominação, apesar de atraírem desconfiança e não fazerem parte da máquina adventista; pertencem ao movimento histórico que, em todas as épocas, confrontou a crença em um adventismo hegemônico.

Embora escolas independentes e centros de saúde empreguem profissionais qualificados, esses especialistas geralmente favorecem os ideais reformistas de Ellen G. White em vez das tendências científicas de suas áreas de atuação. A conferência do GYC Brasil deixou isso claro em pelo menos dois ministérios entre os estandes presentes: o Ministério Amizades Verdadeiras (MAV) e a Academia de Desenvolvimento Integracional (ADIN).

Aprovado pela DSA, o MAV atua como uma rede de apoio para homossexuais que desejam “fazer a vontade de Deus”. O fundador e atual diretor do MAV, Flavio Krzyzanowski Júnior, foi palestrante na conferência e tinha um estande onde vendia seu livro Homoafetividade: como a igreja pode acolher. Ele afirmou que o MAV está associado ao Ministério da Família da Associação Paulistana (AP) e atua em todo o território da DSA. Embora busque aplicar métodos científicos no atendimento a homossexuais, o MAV tenta ajudar as pessoas a “corrigir” suas atrações pelo mesmo sexo e segue as mesmas metodologias dos ministérios de “cura gay”.

A ADIN é uma organização que, segundo sua própria descrição, treina e trata pacientes com dificuldades emocionais. Oferece um curso desenvolvido pela “neuropsicanalista” Andreia Tuller, que criou sua própria abordagem, o “Método Tuller”. Apesar de discutir outros teóricos, o método tem uma base teórica 100% nos escritos de Ellen G. White, alegando ser “a revolução da psicoterapia cristã”. Após a conclusão do curso, o profissional ou líder de departamento estará qualificado para usar o método em suas práticas terapêuticas. Além de oferecer sessões de aconselhamento, o ministério também contrata profissionais da área.

Estandes oferecem produtos naturais e encorajam a vida saudável. Foto: Felipe Carmo

Economias alternativas

Apesar de suas abordagens frequentemente controversas, os ministérios independentes proporcionam engajamento e promovem um senso de comunidade entre os adventistas brasileiros. A partir do desejo de manter distância do mundo e viver de acordo com os ideais de Ellen G. White, eles criaram uma economia alternativa para os estratos menos favorecidos da igreja. Os centros de treinamento, vale destacar, oferecem oportunidades de emprego para membros da igreja que, de outra forma, seriam desqualificados e vêm de contextos socioeconômicos menos favorecidos.

No Brasil, cargos importantes e ofertas de emprego dentro da denominação favorecem famílias adventistas tradicionais de ascendência germânica. A membresia leiga, composta majoritariamente por mulheres negras e pobres, tem menos acesso às escolas, hospitais e empregos adventistas. Mas são esses membros que mantêm o status social da minoria branca por meio de dízimos e ofertas,5 e muitas vezes encontram nos movimentos independentes mais oportunidades de engajamento com a suposta missão do adventismo do que na vida da igreja convencional.

Embora o relacionamento da igreja com grupos paraeclesiásticos seja frequentemente encoberto e cauteloso, a igreja tem se mostrado hesitante em agir contra eles, e os ministérios independentes raramente chamam a atenção para essa dinâmica por si mesmos. Ambos parecem satisfeitos em reconhecer sua herança comum, atendendo a diferentes corpos constituintes ideológicos e socioeconômicos. Por isso, era comum entre os representantes de estandes na conferência distribuir material alinhado com uma “filosofia” ou “identidade” adventista, sem mencionar sua natureza não oficial.

Marlon Ávila, presidente do GYC Brasil, ora durante a programação. Foto: Felipe Carmo

O que é o GYC no Brasil?

O GYC Brasil se descreve como um ministério que visa apoiar jovens adventistas, incentivando a oração, o estudo da Bíblia e o engajamento no evangelismo. Sua linguagem teológica difere pouco da IASD oficial brasileira, embora coloque uma ênfase maior na formação de caráter para a segunda vinda de Cristo. A linha entre a Teologia da Última Geração e a rede do GYC Brasil é, na melhor das hipóteses, tênue. Mas o GYC Brasil pode se orgulhar de agregar ministérios independentes que dão certa agência aos membros da igreja que, muitas vezes, operam às margens da denominação convencional no Brasil.

Este ano marcou a quinta conferência do GYC Brasil. A primeira ocorreu em janeiro de 2020, no Centro Adventista de Recreação (CATRE) em Minas Gerais, intitulada “Ele chegou!” (com base em Malaquias 4.5-6). A conferência de 2021 foi realizada on-line devido à pandemia de COVID-19 e foi intitulada “Levanta-te” (referenciando Efésios 5.14-16). A terceira conferência, em 2022, ocorreu no Instituto Adventista de Ensino de Santa Catarina (IAESC), com o título “Até à Morte” (Apocalipse 12.11). E a conferência do ano passado foi realizada no Instituto Adventista de Ensino de Pernambuco (IPAE), intitulada “E recebereis poder” (com base em Atos 1.8).

O GYC Brasil anunciou sua conferência de 2025: “Remanescente: Identidade e Missão”. A localização e as datas ainda não foram fornecidas.

Na tentativa de entender melhor a história do GYC Brasil e falar sobre a conferência deste ano, Marlon Ávila foi contactado para agendar uma entrevista, que foi prontamente aceita. No entanto, quando a conversa foi retomada, Ávila pediu desculpas pela resposta “irrefletida”, dizendo que teria que consultar o comitê executivo e o conselho administrativo antes de se engajar em uma conversa. Após analisar o conteúdo da Spectrumlocal em que a matéria foi publicada inicialmente —, o GYC Brasil optou por não prosseguir com a entrevista.

“Considerando que nosso trabalho está profundamente alinhado com a identidade adventista, acreditamos que tal conversa [com a Spectrum] não contribuiria para os objetivos e a missão que propomos seguir”, disse Ávila.

Notas:

1. Rodrigo Follis, Allan Novaes, Marcelo Dias, org. Sociologia e Adventismo: Desafios brasileiros para a missão (Engenheiro Coelho: Unaspress, 2015), p. 109-111, 122-123, 125, 128.

2. Isaac Malheiros Meira Junior, “A hermenêutica da teologia da Última Geração”, Kerygma, vol. 11, no. 2, p. 137-165, 2 Semestre, 2015.

3. Alberto R. Timm, “Ministérios Independentes”, Revista do Ancião, jul.set, 2011, p. 29.

4. Ver Malcolm Bull and Keith Lockhart, Seeking a Sanctuary: Seventh-day Adventism and the American Dream (Indiana University Press, 2006, Kindle edition), p. 333-347.

5. André Kanasiro, “The Land of Theology Against the Theology of the Land: How the US Adventist Culture shaped the South American Church”, Spectrum, vol. 51, issue 3-4, 2023, p. 101.