Durante o período pré-guerra, a escravidão serviu para os pioneiros adventistas como prova primordial de que os EUA eram a besta de dois chifres de Apocalipse 13


Impressão de L. Prang & Co. da pintura “Hancock at Gettysburg” (1887) de Thure de Thulstrup, mostrando o “Assalto de Pickett” (Restauração por Adam Cuerden)

Por Kevin M. Burton | diretor do Centro de Pesquisa Adventista, diretor-assistente do Ellen G. White Estate e professor-assistente no departamento de história da Igreja Adventista no seminário da Universidade Andrews. Obteve seu doutorado na Florida State University com ênfase em história religiosa estadunidense e estudos raciais, com tese sobre o envolvimento entre adventistas e abolicionistas. Traduzido e adaptado do original em inglês por André Kanasiro para a revista Zelota.

Recentemente, muitos pastores, evangelistas e membros leigos da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) alegaram publicamente que, para os primeiros adventistas, a identificação dos EUA com o cumprimento das profecias bíblicas não tinha nada a ver com a escravização dos negros. Negando que os pioneiros — especificamente Tiago e Ellen G. White — tenham em algum momento apoiado esta ideia, eles afirmam que os EUA não mostraram sinais de “bestialidade” até muito recentemente (próximo da eleição do ex-presidente Barack Obama, em 2008).

Estes adventistas estão focados primariamente em um decreto dominical nacional iminente. Seu nacionalismo cristão mal disfarçado protege uma concepção idealizada — não encarnada — de EUA (embora esperem ser perseguidos pelo país que amam). O esclarecimento necessário nestes assuntos pode ser facilmente obtido, pois as evidências são fortes e abundantes.

Desde 1850, os adventistas têm identificado os EUA como a besta de Apocalipse 13.11-18, que parecia um cordeiro, mas “falava como dragão” (NAA). Eles identificam os dois chifres da besta como os princípios desejáveis de liberdade civil e religiosa que os pioneiros tratavam sinonimamente como “republicanismo” e “protestantismo”. Em contraste a suas qualidades de cordeiro, a natureza dracônica da besta de dois chifres era mostrada quando os EUA negavam liberdades civis a minorias raciais e liberdades religiosas a minorias religiosas. Antes e ao longo de toda a Guerra Civil, os pioneiros adventistas, incluindo Tiago e Ellen White, acreditavam que a escravidão servia como prova primordial de que os EUA se encaixavam no perfil da besta com aparência de cordeiro, embora denunciassem frequentemente outras hipocrisias dos EUA.1

Embora os pioneiros frequentemente expressassem sua apreciação pelos EUA, eles reconheciam o caráter de dragão da nação desde sua origem. Eles viam os EUA como um país cada vez mais opressivo, e esperavam que ele alvejasse os adventistas como subversivos perigosos. Após a década de 1880, em particular, os pioneiros descreviam um desenvolvimento bifásico, antecipando fases de opressão crescente ao invés de dois períodos justapostos: um de pureza imaginária de cordeiro na fundação da nação, seguido por outro de desenvolvimentos draconianos. Ellen White claramente aprova a primeira opção em um apêndice que aparece em The Spirit of Prophecy, vol. 4 (1884) — uma edição mais antiga de O Grande Conflito. Ela afirma:

A besta de dois chifres aparece em duas fases — com a gentileza de um cordeiro e a ferocidade do dragão. Isso, até certo ponto, já foi demonstrado por sua inconsistência em enviar ao mundo a doutrina da igualdade de todos os homens de acordo com seus direitos naturais — o direito à vida, liberdade e busca da felicidade — e por sua sustentação legal de todos os males da escravidão estadunidense. Ela também o demonstrou ao professar garantir a todos o privilégio de adorar a Deus de acordo com suas próprias consciências, e então perseguir os batistas e os quakers por seguirem suas convicções. Mas isso será demonstrado mais plenamente no futuro, quando o Congresso for convocado a criar leis a respeito da religião.2

Como indica esta declaração, os EUA já era como dragão “até certo ponto”, desde antes da assinatura da Declaração de Independência em 1776 até o presente (1884). Isso é evidente nas referências à escravidão — que foi estabelecida na América do Norte e do Sul pelos primeiros colonizadores europeus no século 16 — e pela opressão dos batistas e quakers nos séculos 17 e 18. Os pioneiros adventistas previam um segundo estágio ainda mais duro que o martírio dos batistas e quakers no período colonial, um ainda mais tirânico que os horrores inestimáveis da escravidão dos negros. Portanto, os pioneiros acreditavam que os EUA tinha emergido como dragão, e esperavam que sua brutalidade se intensificasse.3

O apêndice de Ellen White estabelece claramente que os pioneiros viam a escravidão como prova do caráter dracônico inerente aos EUA. Para ilustrar ainda mais esta posição, ofereço uma lista representativa de declarações (em ordem cronológica) de pioneiros adventistas que demonstram a profundidade e amplitude de sua compreensão. Por favor, notem que esta é só uma pequena amostragem de evidências documentais.

J. N. Andrews (maio de 1851):

Os Estados Unidos são, em aparência, a forma mais branda de poder que já existiu, mas isso somente após ter enganado o mundo com suas maravilhas, para exibir toda a tirania da primeira besta. Será que as pretensões deste poder têm fundamento? Vejamos. Se todos os homens nascem livres e iguais, como, então, mantemos três milhões de escravos em cativeiro? Por que a raça negra é reduzida ao nível de produtos pessoais, e comprada e vendida como animais brutos?4

Uriah Smith (junho de 1851):

Como cordeiro na forma, será que não há voz de dragão/Ouvida em nossa terra? Nenhum som que arranha duramente/Os ouvidos da misericórdia, do amor e da verdade?/E envergonham abertamente a humanidade/Que nos diga o clamor unido de milhões, —/Milhões que gemem sob a vara da opressão,/Em baixo dos grilhões pecaminosos da escravidão,/Seus direitos roubados, a brutos degradados,/E alma e corpo sujeitos à vontade de outrem, —/Que seus clamores, lágrimas e gemidos unidos,/Que sobem diariamente, e clamam aos Céus/Por vingança, respondam; que o Escravo responda./Ó, terra que se vangloria de liberdade! Deste/A mentira a todas as tuas profissões,/De justiça, liberdade e direitos iguais;/E tu deixaste uma mancha repugnante e hedionda/Sobre a página sagrada da liberdade/Logo serás respondida com condenação e vingança.5

J. N. Loughborough (setembro de 1853):

O governo dos Estados Unidos requer que entreguemos ao seu mestre o escravo que dele escapou, acreditemos em Deus ou não, e nos dá pesadas multas se não o fizermos. Deus diz, “Não entreguem ao seu senhor o escravo que, tendo fugido dele, se refugiar entre vocês” (Dt 23.15).6

J. N. Loughborough (março de 1854):

Protestantes e republicanos, unidos e separados, falam como dragão. Nós questionamos, quem são os republicanos? Em maior ou menor proporção, são protestantes. Protestantes ajudam a criar e executar leis que mantêm homens em escravidão. Protestantes também são escravocratas. Se a igreja no Norte não tem escravos, ela aceita como membro os escravagistas do sul. Seus ministros argumentam que não há erro moral em tê-los. Para uma ilustração dos atos dos protestantes e republicanos, fazemos duas citações do New York Tribune […]7

J. N. Loughborough (março de 1854):

Nós aprendemos que esta obra [receber a marca da besta conforme descrito em Apocalipse 13.16] é realizada onde há ‘escravos’. A posição do mundo em relação à escravidão pode observada através da seguinte citação de um artigo no projeto de lei de Nebraska, no New York Tribune de 18 de fevereiro de 1854 […] Livres e escravos estão sob o domínio da besta de dois chifres. Que a citação supracitada [do Tribune] resolva firmemente a questão quanto à localidade da besta de dois chifres. Vemos que todas as outras nações aboliram a escravidão, ou a declararam pirataria, e o tráfico está morrendo aos poucos. Nos Estados Unidos ela ainda existe, com uma perspectiva considerável de aumento no território com escravos.8

Edwin R. Seaman (junho de 1854):

Pode ser apropriado mencionar uma [rebelião] que ocorreu recentemente na cidade de Boston, cuja causa foi a prisão de um escravo fugitivo [chamado Anthony Burns]. Um homem feito à própria imagem de Deus é separado de amigos e sociedade e de tudo que preza na vida, e arrastado de volta à escravidão pelo poder dessa barganha atroz, a lei do escravo fugitivo, a mancha mais repugnante já feita na história de qualquer nação, especialmente uma que professa ser de um caráter inteiramente oposto […] O porta-voz da besta de dois chifres, [o presidente] precisa demonstrar seu poder e autoridade de dragão. Ouça-o dizer ao Marechal dos EUA: ‘Sua rota está aprovada. Imponha a lei a qualquer custo.’ Mas o que disse Deus a estes captores de escravos? “Não entreguem ao seu senhor o escravo que, tendo fugido dele, se refugiar entre vocês. Poderá ficar morando com vocês, no lugar que escolher, em alguma das cidades de vocês que for do seu agrado; não o oprimam” (Dt 23.15-16). Esta é a lei de Deus para o escravo fugitivo hoje; embora não seja repetida no Novo Testamento. Assim vemos desenvolvido o caráter da besta, a qual afirmou que todos os homens são criados iguais e livres, e dotados de certos direitos inalienáveis, entre os quais estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade. Para que esta nação não fosse a nação mais hipócrita na face da terra, deveria emendar esta declaração assim: Todos os homens brancos são criados livres e iguais etc. Será que esta besta de dois chifres que parece um cordeiro não corrompeu o mandamento assim como o dragão romano? Ela claramente o fez.9

Uriah Smith (junho de 1856):

Considere o caráter que a pena profética deu à besta de dois chifres, [Ap 13.11] um símbolo do nosso país, é que ela fala como dragão! Não é que a escravidão sozinha constitua a voz de dragão; mas precisamos tomar com ela seu motivador primário, o espírito infernal que mesmo hoje, nas planícies do Kansas, está destruindo as casas de homens livres, e expulsando seus irmãos sob roubos e insultos, e que recentemente motivou um ataque brutal a um senador nos próprios corredores do congresso. A profecia não nos dá base para ter esperança por alguma reforma aqui: a besta fala como dragão.10

Tiago White (janeiro de 1857):

Quanto da profecia em relação à besta de dois chifres ainda falta se cumprir? Ela surgiu com seus chifres de cordeiro. Sua voz de dragão tem sido ouvida expressando sentimentos de opressão, o inverso de sua aparência de cordeiro, professando liberdade e direitos iguais entre todos os homens. Cremos que sua voz ainda será ouvida negando ao verdadeiro cristão seu direito à consciência no serviço a Deus. Seus sinais e milagres, pelo menos a maior parte deles, estão no passado. Permanecem, portanto, somente os atos de opressão que serão realizados contra o povo de Deus, por guardarem os Mandamentos de Deus e terem o testemunho de Jesus.11

Uriah Smith (março de 1857):

O animal tem um coração de dragão. Sua disposição, suas motivações, intenções, desejos, são todas como as de um dragão; sua aparência externa, seus chifres, que com certeza devem ser objetos proeminentes ao observador, suas afirmações públicas, são todas como as de um cordeiro. Sua aparência é boa o bastante, e podemos ser levados a vê-lo assim como um todo, como uma criatura um tanto amigável, não fosse o fato de que, quando levanta sua voz em atos de autoridade, fala como um dragão: como a velha fábula do jumento na pele de leão; se ele não tivesse zurrado, seus colegas ferais o teriam confundido com um leão. […] Agora podem questionar: onde foi que a besta de dois chifres falou assim? Onde foi que nosso governo emitiu decretos injustos e contrários a suas declarações públicas? Nós não afirmamos que a voz de dragão já está plenamente desenvolvida e a profecia plenamente realizada. Mas já se ouviu o bastante para identificar a besta e estabelecer um precedente que nos justifica na expectativa de praticamente qualquer resultado. Diz a Declaração de Independência: “Consideramos estas verdades como autoevidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade.” Contudo, o mesmo governo que profere estes sentimentos, na cara desta declaração, mantém em servidão abjeta mais de 3.200.000 seres humanos, rouba-lhes os direitos que reconhece serem concedidos a todos os homens por seu Criador, e escreve em caracteres de sangue uma negação baixa de todas as suas belas afirmações. Na instituição da escravidão está mais especialmente manifesta, até o momento, o espírito de dragão que habita o coração desta nação hipócrita. As passadas temerosas que este governo deu neste assunto até o presente dão pouca base para termos esperança pelo futuro.12

J. N. Loughborough (julho de 1857):

Ao invés de levar adiante suas afirmações de cordeiro, ela “fala como dragão”. Sim, esse mesmo corpo executivo nacional, que tem diante de si esta Declaração de Independência, e professa estar realizando seus princípios, pode aprovar leis pelas quais 3.200.000 escravos podem ser mantidos em cativeiro. A Declaração de Independência foi professamente baseada em uma verdade autoevidente. [Verdades que não precisavam de argumentos para serem estabelecidas.] Mas agora é uma verdade autoevidente que grande parte da nossa raça nasce sob escravidão. Para produzir harmonia entre nossas leis e sua professa base, a Declaração de Independência deveria adicionar uma cláusula dizendo “Todos os homens são criados iguais, exceto 3.200.000.” Como estas coisas existem em nossa União atualmente, podemos olhar para a Declaração como somente uma aparência de cordeiro, enquanto a ação [voz, ou leis do governo], é como a de um dragão. […] Pode-se ver claramente, e não se pode duvidar, de que nosso governo se encaixa na descrição da besta de dois chifres feita pela profecia. Como cordeiro em suas afirmações, mas como dragão em suas leis.13

Tiago White (agosto de 1862):

Pelos últimos dez anos, a Review ensinou que os Estados Unidos da América eram um sujeito da profecia, e que a escravidão é apontada na palavra profética como o pecado mais obscuro e condenatório nesta nação. Ela ensinou que o Céu tem ira preparada para a nação, que a beberá até a borra no fundo do copo como punição devida pelo pecado da escravidão. E os ensinamentos antiescravidão de muitas de nossas publicações, baseados em certas profecias, tiveram sua circulação proibida nos estados escravagistas.14

Durante o período pré-guerra, a escravidão serviu para os adventistas como a prova primordial de que os EUA eram a besta de dois chifres de Apocalipse 13. Os pioneiros inegavelmente viam esta (EUA) como dracônica, suas qualidades de cordeiro meramente um disfarce. Eles identificavam os Estados Unidos como um poder opressor porque testemunharam a nação alvejando minorias como ameaças internas ao poder da maioria. Como explicou Trevor O’Reggio, diretor do departamento de História da IASD no Seminário Adventista do Sétimo Dia, explicou em relação aos pioneiros adventistas: “A característica distinta da nação era sua natureza enganosa e hipócrita. Ela dava a impressão de ser um cordeiro gentil e inofensivo, mas por baixo dessa pretensão de cordeiro estava um feroz coração de dragão. A besta não se transformou em um dragão, mas o era em sua essência.”15

Notas:

1. Douglas Morgan, Adventism and the American Republic: The Public Involvement of a Major Apocalyptic Movement (Knoxville, TN: University of Tennessee Press, 2001); Kevin M. Burton, “Adventists and the Military,” in The Oxford Handbook of Seventh-day Adventism, Michael W. Campbell, et al. eds. (New York: Oxford University Press, 2024), 527–528.

2. E. G. White, The Great Controversy between Christ and Satan from the Destruction of Jerusalem to the End of the Controversy, Spirit of Prophecy, vol. 4 (Oakland, CA: Pacific Press, 1884), 502n6.

3. Para uma introdução ao assunto da história da escravidão estadunidense, cf. Edward E. Baptist, The Half Has Never Been Told: Slavery and the Making of American Capitalism (New York: Basic Books, 2014); Manisha Sinha, The Slave’s Cause: A History of Abolition (New Haven, CT: Yale University Press, 2016). Para uma introdução à intolerância religiosa nos EUA, cf. John Corrigan e Lynn S. Neal, eds., Religious Intolerance in America: A Documentary History, 2ª ed. (Chapel Hill, NC: University of North Carolina Press, 2020); John Corrigan, Religious Intolerance, America, and the World: A History of Forgetting and Remembering (Chicago: University of Chicago Press, 2020).

4. J. N. Andrews, “Thoughts on Revelation XIII and XIV,” Review and Herald, May 19, 1851, 84; cf. J. N. Andrews, “The Three Angels of Rev. XIV, 6–12. The Two-Horned Beast,” Review and Herald, April 3, 1855, 201–204.

5. Uriah Smith, “The Warning Voice of Time and Prophecy, Part II,” Review and Herald, June 23, 1853, 18.

6. J. N. Loughborough, “The Image of the Beast,” Review and Herald, September 20, 1853, 85.

7. J. N. Loughborough, “The Two-Horned Beast,” Review and Herald, March 21, 1854, 65–67.

8. J. N. Loughborough, “The Two-Horned Beast,” Review and Herald, March 28, 1854, 73–75.

9. A ênfase está no original. E. R. Seaman, “The Days of Noah and the Son of Man,” Review and Herald, June 13, 1854, 156–157.

10. [Uriah Smith], “True Reforms and Reformers,” Review and Herald, June 26, 1856, 68. Os colchetes também aparecem na citação original. Note também que a menção do Kansas é em referência ao “Bleeding Kansas” e a menção de um senador é em referência ao “Bleeding Sumner” — ambas referências ao poder escravagista. Cf. [Uriah Smith], “The Dragon Voice,” Review and Herald, February 5, 1857, 106.

11. J[ames] W[hite], “Revelation Twelve,” Review and Herald, January 8, 1857, 76.

12. [Uriah Smith], “The Two-Horned Beast–Rev. xiii. Are the United States a Subject of Prophecy?,” Review and Herald, March 19, 1857, 156–157; cf. Uriah Smith, “The National Sin,” Review and Herald, August 20, 1861, 94.

13. A ênfase e os colchetes estão no original. J. N. Loughborough, “The Two-Horned Beast of Rev. xiii, a Symbol of the United States,” Review and Herald, July 2, 1857, 65–66; cf. J. N. Loughborough, “The Two-Horned Beast of Rev. xiii, a Symbol of the United States,” Review and Herald, July 9, 1857, 73–76; J. N. Loughborough, “The Two-Horned Beast of Rev. xiii, a Symbol of the United States,” Review and Herald, July 16, 1857, 81.

14. [James White], “The Nation,” Review and Herald, August 12, 1862, 84.

15. Trevor O’Reggio, “Slavery, Prophecy and the American Nation as Seen by the Adventist Pioneers, 1854–1865,” Journal of the Adventist Theological Society 17, no. 2 (Autumn 2006): 158.